Bom dia gente linda, espero que o
vosso Sábado tenha corrido bem, o meu foi passado em casa e como ando inspirada
passei o meu dia a escrever para a história, quando escrevo sinto-me em paz e
feliz.
Desejo-vos um excelente Domingo.
Margarida
- Aii. –
Gritei de dor.
-
Margarida, que se passa? – Perguntou aflita a
minha avó Maria.
- O mar,
estava eu mais um rapaz, não sei quem é ele, estávamos a falar e depois eu saÃ
a correr e não vi mais nada.
- Estás a recuperar a memória, agora tens de
ter calma e descansar.
Sofia ( Mãe)
Desejo-vos um excelente Domingo.
No último capÃtulo:
Caminhamos os quatro por aquele corredor que
parecia não ter fim, mas hoje estava a ser feito com alegria e aquelas paredes
hoje tinham mais vida.
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Pedro
(Pai)
Quando ouvi a minha mulher a dizer que a nossa
filha tinha acordado finalmente, não sei explicar mas foi uma alegria tão
grande que não cabia no meu peito, só me apetecia gritar de alegria, mas não o
fiz pois estava num hospital e tinha de respeitar as outras pessoas.
Entrei no
quarto dela juntamente com a minha mulher, o meu sogro e o Rodrigo.
Sorri, ela olhou para a porta e notava-se que
estava um pouco confusa, aproximei-me dela.
- Então
princesa já acordas-te? – Disse-lhe enquanto ela olhava para todos nós.
- Parece que
sim, é estranho mas não me consigo lembrar das vossas caras, não sei mesmo quem
são, desculpem. – Uma lágrima caiu pela sua cara.
-
Tem calma Margarida, pelo que a tua mãe nos disse é normal, com o tempo vais
lembrar-te de tudo. – Disse Rodrigo ao mesmo tempo que fazia uma festa na cara
de forma a tentar tranquiliza-la.
-
Quem és tu? – Questionou Margarida.
-
Eu sou um amigo teu, o Rodrigo, mas não te esforces, vais acabar por te
lembrar. – Sorriu.
-
Se vocês o dizem, mas sinto-me triste, quero lembrar-me de tudo e quando mais
tento, mais confusa fico.
Sinto-me triste, queria tanto lembrar-me de tudo,
quero saber quem sou, pois nem isso sei, bem, de uma coisa tenho a certeza, o
meu nome é Margarida pois é assim que toda a gente me tem tratado.
Sei que estas
pessoas que estão comigo no quarto gostam muito de mim e é isso que me faz ter
um pouco de tranquilidade no meio da tempestade, pois assim sei que nunca vou
estar sozinha.
O meu maior medo neste momento é de não voltar
a andar e isso sim faz-se ficar muito triste, sei que existem pessoas que ficam
sem andar e recuperam mas também existem aquelas que não recuperam e ficam para
sempre agarradas a uma cadeira de rodas e eu não quero isso, quero recuperar,
não sei o que seria da minha vida se ficasse dependente das outras pessoas para tudo.
Isto sem
dúvida alguma é a maior batalha da minha vida e eu vou enfrenta-la sem medos,
só espero que daqui a uns tempos esteja a festejar a minha vitória.
Enquanto estava com os meus pensamentos olhei
o rapaz que me tinha dito que era meu amigo, o olhar dele, o sorriso, não sei
bem, faz fizeram-me sentir calma, será que é apenas meu amigo ou será algo
mais?
Ai, sinto-me
tão confusa, só quero é lembrar-me rapidamente de tudo.
E foi no exacto momento que desviei o olhar do
Rodrigo que comecei a ficar tonta e a doer-me muito a cabeça.
Não me parava de doer e era cada vez mais
forte a dor e foi quando fechei os olhos que umas imagens me vieram à cabeça.
Começei por ver o mar, estava eu e mais um
rapaz que não sabia quem era, estávamos a falar e do nada eu saà a correr da
praia.
- Estou a ver
umas imagens na minha cabeça, mas está a doer-me tanto.
- Que estás a
ver, Margarida? – Perguntou-me a doutora que entretanto tinha entrado no
quarto.
Eu vou pedir
à enfermeira que te dei-a algo para as dores de cabeça e peço o favor de
ficarem só duas pessoas no quarto, a Margarida precisa de descansar. – Pediu
educadamente a doutora.
Tal como a doutora pediu, eu, o meu marido e
o Rodrigo saÃmos do quarto e deixamos a nossa Margarida com os meus pais, eles
precisam de estar com a neta e sei que a presença deles lhe faz muito bem.